Mensagem do Conselho Tutelar de Riqueza

“Formar sujeitos que possam viver com liberdade e autonomia e uma  das funções da escola mas também da família, formar pessoas com caráter e que respeitem   as normas,  é um processo de construção permanente, que se faz na interação entre os sujeitos e que necessitam da orientação dos educadores e da família, atentos às relações que acontecem nos ambientes de convívio e às normas que neles circulam, sejam as ditas ou as não ditas, bem como as que são de fato aplicadas ou as que estão apenas no papel.

Assim, do ponto de vista educativo, não basta fazer com que as crianças e adolescentes obedeçam às regras do convívio escolar, eles precisam compreendê-las e aprender a exercer com autonomia: saber a razão pela qual essas regras foram criadas, quem as definiu, qual a relação delas com os direitos dos colegas, da família e dos educadores, as consequências de aceitá-las ou não, tanto para si quanto para a comunidade da qual fazem parte.

É um processo semelhante ao aprendizado dos conteúdos das áreas em que, para uma aprendizagem significativa, os alunos precisam atribuir sentido. No caso, trata-se de desenvolver autonomia de pensamento e reflexão, capacidade necessária também para reconhecer o direito do outro e interagir com base no respeito mútuo.

 (…) o objetivo da Educação em Direitos Humanos é que a pessoa e/ou grupo social se reconheça como sujeito de direitos, assim como seja capaz de exercê-los e promovê-los ao mesmo tempo em que reconheça e respeite os direitos do outro.”

Se as pessoas que compõem o ambiente escolar e familiar (adultos, crianças e adolescentes) tiverem a oportunidade e a tarefa de pensar criticamente, trocar reflexões e se posicionar diante das normas e puderem formular em conjunto as normas que regem estes ambientes em que vivem como escola e até mesmo em casa com a família, regras estas  às quais se submeterão, criarão um contexto favorável a essa aprendizagem. Nesse processo, constituem-se como sujeitos na escola e na família.

Nesse sentido, uma organização democrática nos ambientes de convivência é uma forma efetiva de favorecer a formação de sujeitos livres e autônomos. Entender que trabalhar em coletividade, igualdade e liberdade, os quais buscam eliminar todas as formas de preconceito e discriminação, como orientação sexual, gênero, raça, etnia, deficiência e todas as formas de opressão que coíbem o acesso das crianças e adolescentes à participação política e comunitária nestes ambientes, é simplesmente lhe tirar o direito que lhes e garantido por lei, e que fara deles no futuro cidadãos de bem, e são elementos essenciais a existência e comportamento humano.

É com grande satisfação que nós, Conselheiras Tutelares de Riqueza/SC, pretendemos estar presentes nesta fase de aprendizado de nossas crianças e adolescentes, e demonstrar que estamos aqui pra ajudá-los a serem cidadãos melhores para agora e para o futuro brilhante que os espera se aqui no seu presente forem guiados pelos caminhos corretos. Desejamos a todos um excelente final de semana!”